Aqueça o coração com os melhores produtos mineiros
O Inverno em Minas combina com a gastronomia e o aconchego do frio!
Aqui, as paisagens se transformam e o friozinho traz consigo um charme especial. Nessa época, os produtos típicos mineiros ganham ainda mais destaque. Eles aquecem nossos corações!
Dos queijos artesanais que harmonizam perfeitamente com um bom vinho, às cachaças que esquentam até as noites mais frias, Minas Gerais oferece uma diversidade de sabores que enriquecem a gastronomia de inverno.
Que tal conhecer algumas possibilidades para você aproveitar produtos mineiros ideais para o clima ameno?? Ah, e não se assuste se sua boca encher d’água… é cada delícia mineira que fica difícil se conter.
A Cozinha Mineira
A sociedade mineira foi composta na busca pelo ouro, mas os verdadeiros tesouros sempre estiveram na sabedoria de nossas mãos indígenas, pretas e portuguesas e na nossa mesa. Mesmo após o declínio do ouro, Minas floresceu com uma economia interna forte, graças, além de outros metais, à nossa riqueza cultural e gastronômica dos nossos antepassados. Os tropeiros que vieram depois espalharam receitas e alimentos, difundindo a mineiridade por onde passavam. Das roças e quintais brotaram em nossas famílias saberes e sabores, transmitidos de geração em geração receitas deliciosas.
Milho e Mandioca
O milho é um dos ingredientes mais importantes da gastronomia mineira, com suas raízes plantadas muito antes da chegada dos europeus. Cultivado pelos povos indígenas, ele é versátil e delicioso e brilha em várias receitas, como na a pamonha, o curau, a canjica, e o bolo de milho, trazendo sabor e tradição à mesa mineira.
Foto: Região Turística Caminhos do Cerrado
Assim também é a Mandioca, ou macaxeira, aipim, castelinha, uaipi, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira… outra estrela da Cozinha Mineira. Sua história começa com os indígenas brasileiros, que já a cultivavam antes da colonização. Na cozinha de Minas, o alimento se transforma em delícias como o pão de queijo, que leva polvilho de mandioca, e o tutu de feijão, feito com farinha de mandioca.
Pratos tradicionais e contemporâneos
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Pamonha de Milho
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Broa de Milho
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Caldo de mandioca
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Bolo de mandioca
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Pastel de Angu
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João deitado
Foto: Região Turística Belo Horizonte
Onde experienciar?
Se liga em alguns lugares imperdíveis onde você pode experimentar os pratos tradicionais preparados com milho e mandioca.
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Mercado Central, em Belo Horizonte
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Restaurante Xapuri, em Belo Horizonte
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Copa Cozinha, em Belo Horizonte
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Cozinha Santo Antônio, em Belo Horizonte
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Pamonharia Sabor de Milho, em Patrocínio
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Mandioca com Açúcar Bistrô e Café, em Divinópolis
Foto: Região turística Nascentes das Gerais e Canastra
Queijo
O que é Minas sem um queijin? Aqui as tradições queijeiras são seculares.
Tudo começou no século XVIII, durante o ciclo do ouro, quando o queijo mineiro ganhou destaque. Com a intensa movimentação de tropeiros e viajantes pelas estradas do estado, eles precisavam de um alimento que durasse o dia todo e que resistisse às longas jornadas. Foi aí que os viajantes adaptaram uma antiga receita portuguesa de queijo coalho produzido a partir de leite fresco e o alimento se tornou essencial, fácil de transportar e durável.
Dois queijos mineiros se destacam internacionalmente: o Queijo do Serro e o Queijo da Canastra.
Foto: Região turística Nascentes das Gerais e Canastra
O Queijo do Serro é uma das mais antigas tradições queijeiras do país. No século XVIII, quando os bandeirantes portugueses chegaram à região do Serro em busca de ouro, trouxeram consigo a técnica de produção de queijos, adaptando-os às condições locais. Com o tempo, o queijo se tornou uma importante fonte de sustento e identidade cultural para os habitantes da região.
Foto: Região Turística Diamantes
A técnica de produção artesanal do Queijo do Serro é passada de geração em geração, e se mantém fiel às práticas tradicionais. Em 2002, ele foi reconhecido com a Denominação de Origem pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), garantindo que apenas queijos produzidos na região, seguindo métodos tradicionais, possam ser comercializados com esse nome.
E é na Serra da Canastra onde é produzido o Queijo Canastra, uma área de preservação ambiental onde o clima e a vegetação da região influenciam no sabor único e na textura cremosa do queijo. A produção desse queijo começou no século XVIII, com a chegada dos colonizadores portugueses que trouxeram técnicas europeias de fabricação de queijo.
Foto: Região turística Nascentes das Gerais e Canastra
Ao se adaptarem às condições locais, desenvolveram um queijo único, que logo se tornou um símbolo da cultura e economia da região. Em 2008, o Queijo da Canastra recebeu o selo de Indicação Geográfica, reconhecendo sua importância cultural e econômica. Além disso, o queijo tem conquistado cada vez mais apreciadores não apenas no Brasil, mas também no exterior, devido à sua qualidade e tradição.
Pratos tradicionais e contemporâneos
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Pão de queijo
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Mousse de queijo com goiabada
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Risoto com queijo do Serro
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Mesa de frios com queijo Canastra
Foto: Região Turística Diamantes
Onde experienciar?
Na região do Serro, você pode comprar queijo do Serro diretamente dos produtores locais e até mesmo participar de visitas guiadas para aprender sobre o processo de fabricação, como na Fazenda Boa Vista, em Milho Verde, no Serro.
Além disso, visite as queijarias na Serra da Canastra, para degustar o Queijo da Canastra fresco e conhecer mais sobre sua produção:
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Queijaria Tradição Vilela, em São João Batista do Glória
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Queijaria Quintal do Glória, em São João Batista do Glória
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Fazenda Roça da Cidade, em São Roque de Minas
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Empório Velho Chico, em Vargem Bonita
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Caipirão da Canastra, em Vargem Bonita
Você sabia que Minas Gerais é a Terra dos melhores queijos do mundo? Clique aqui para saber mais!
Café
E pra acompanhar os melhores queijos, tem que ter um cafezinho, né? Esse produto tão amado não só pelos mineiros, mas também por muitos brasileiros, foi introduzido no Brasil durante o período colonial, e encontrou nas terras férteis e no clima propício de Minas Gerais condições ideais para seu cultivo e prosperidade econômica.
A história do café em Minas Gerais começa no início do século XIX, quando as primeiras mudas foram plantadas na região do Rio de Janeiro e, posteriormente, trazidas para as terras mineiras. A partir da década de 1830, o café se expandiu rapidamente pelo estado, encontrando nas condições climáticas e geográficas de Minas Gerais um ambiente ideal para seu cultivo. A expansão da cultura cafeeira transformou Minas em um dos principais produtores mundiais, impulsionando o desenvolvimento econômico e cultural do estado.
Foto: Região Serras Verdes do Sul de Minas
O estado tem recebido diversos prêmios que atestam a excelência e a dedicação dos seus produtores, como:
O Cup of Excellence é uma das competições mais prestigiadas do mundo para cafés especiais. Cafés de regiões como o Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Mantiqueira de Minas têm conquistado os primeiros lugares, destacando-se por suas notas sensoriais superiores e perfis únicos:
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2005: Fazenda Braúna, em Carmo de Minas, Sul de Minas;
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2011: Fazenda Furnas, em Carmo de Minas, Sul de Minas;
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2014: Fazenda Santa Inês, em Carmo de Minas, Sul de Minas.
O Prêmio Ernesto Illy reconhece os melhores cafés para espresso produzidos no Brasil. Produtores mineiros, especialmente do Sul de Minas, têm sido constantemente premiados, refletindo a qualidade excepcional e a consistência de seus grãos:
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2009: Fazenda Recreio, em São Sebastião da Grama, Sul de Minas;
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2013: Fazenda São João, em Campos Altos, Cerrado Mineiro;
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2016: Fazenda Bela Época, em Carmo de Minas, Sul de Minas.
Cafés mineiros têm se destacado em competições internacionais como o International Coffee Awards, recebendo medalhas de ouro, prata e bronze. Esses prêmios atestam a qualidade superior dos cafés produzidos em Minas Gerais e ajudam a promover o reconhecimento global dos produtos do estado.
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2012: A Fazenda Santa Alina, em Carmo de Minas, recebeu uma medalha de ouro.
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2017: A Fazenda Passeio, também em Carmo de Minas, ganhou uma medalha de prata.
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2019: O café da Fazenda Bom Jardim, em Patrocínio, Cerrado Mineiro, foi premiado com uma medalha de ouro.
Regiões como Cerrado Mineiro e Mantiqueira de Minas receberam certificações de Indicação Geográfica (IG), que garantem a origem e a qualidade dos cafés produzidos nessas áreas.
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2005: A região do Cerrado Mineiro foi a primeira a receber a IG no Brasil.
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2011: A Mantiqueira de Minas recebeu a certificação de IG, reconhecendo a qualidade única de seus cafés.
Pratos tradicionais e contemporâneos
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Biscoito de café
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Drinks com café
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Bolo de café
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Café com laranja
Onde experienciar?
No Cerrado Mineiro, uma das primeiras regiões do Brasil a obter Denominação de Origem para seu café, a combinação única de altitude elevada, solos ricos e clima seco favorece o cultivo de grãos de café de alta qualidade. Além disso, o Cerrado é referência na produção de cafés especiais com inovação e práticas sustentáveis
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Rota do Café do Cerrado Mineiro, em Patrocínio: proporciona uma imersão intensa de três dias no mundo dos cafés de origem e de alta qualidade.
No Sul de Minas, conhecido como uma das melhores regiões produtoras de café do país, a tradição cafeeira é cuidadosamente cultivada em fazendas centenárias. O café produzido nessa região é valorizado pela sua qualidade excepcional, aroma encorpado e sabor marcante, características que o tornam reconhecido internacionalmente.
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Rota Cafés do Sul de Minas: a rota contempla as opções ligadas ao café, mas também os queijos e balneários da região. Contempla seis municípios do Sul de Minas, sendo eles, Três Pontas, Cambuquira, São Lourenço, Baependi, Caxambu e Cruzília.
Fotos: Região Turística das Águas
Confira aqui mais detalhes sobre essas rotas incríveis e deliciosas!
Vinho
Foto: Região Turística Caminhos Gerais
O Inverno em Minas combina muito bem com vinho!! A produção de vinho mineiro, por mais que recente, vem crescendo e ganhando destaque com o cultivo de vinhedos e a produção de vinhos de alta qualidade. A viticultura em Minas Gerais começou a ganhar força na década de 1980, quando os primeiros vinhedos comerciais foram plantados.
A Serra da Mantiqueira, com seu clima ameno, altitude elevada e solos ricos, tornou-se uma das regiões mais promissoras para a produção de vinhos finos. O resultado foi o desenvolvimento de vinhos com características distintas, que refletem o terroir mineiro e oferecem sabores complexos e aromas intensos.
A integração do vinho na cozinha mineira adicionou uma nova dimensão à rica tradição culinária do estado. Vinhos locais são cada vez mais utilizados para harmonizar com pratos tradicionais, como carnes e queijos, realçando os sabores e proporcionando uma experiência gastronômica completa.
Hoje em Minas existem mais de 120 vinícolas com reconhecimento Nacional e Internacional e com prêmios como medalhas de prata e bronze no Wine Challenge e o Decanter, dentre outros títulos.
Como harmonizar?
Temos uma variedade de 8 uvas plantas e o nosso vinho de maior produção é o tinto, seguido do rosé e branco. Para harmonização é necessário que o vinho complete as características dos pratos e realce o sabor dos ingredientes, por isso sugerimos as seguintes combinações:
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Para pratos à base de carnes, como o frango com quiabo, o vinho tinto de médio corpo.
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Para pratos marcantes como à base de feijão ou mandioca, o vinho tinto encorpado.
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Para combinar com nossos queijos e peixes de água doce, o vinho branco.
Onde experienciar?
O Sul de Minas oferece condições ideais para a viticultura. Você pode ter experiências incríveis conhecendo o processo de produção das vinícolas e ainda degustar dos melhores vinhos da região!
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Vinícula Alma Gerais, em Lavras
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Vinícula Maria Maria, em Três Pontas
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Vinícola Estrada Real, em Caldas
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Vinícola Restaurante, em Caldas
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Vinícola Casa Geraldo, em Andradas
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Vinícola Stella Valentino,em Andradas
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Vinícola ABN, em Andrelândia
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Vinícola Bárbara Eliodora, em Campanha
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Vinícola Ferreira, em Piranguçu
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Vinícola Arpuro,em Uberaba
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Vinícola Quinta D’Alva em Diamantina
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Vinícola Vale do Gongo em Grão Mogol
Você é um amante de vinho? Veja aqui cidades mineiras que todo amante de vinho deve conhecer!
Azeite
Foto: Região Turística Terras Altas da Mantiqueira
Embora a cultura do azeite seja tradicionalmente associada a regiões mediterrâneas, Minas com seu clima ameno e solos férteis, provou ser um ambiente propício para o cultivo de oliveiras.
Você sabia que o primeiro azeite brasileiro foi extraído em Minas Gerais?
Em Maria da Fé foi onde tudo começou. Quando um imigrante português, Emídio dos Santos, chegou ao município para trabalhar em 1935 e percebeu um clima semelhante ao de Portugal. Então, pediu à sua esposa que trouxesse para o Brasil algumas mudas e sementes, entre elas mudas de oliveiras.
As oliveiras foram plantadas e se adaptaram tão bem ao clima e ao solo da região que entraram até em fase de produção, despertando o interesse da Empresa Mineira de Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) em estudá-las melhor. E desde então as pesquisas evoluíram possibilitando que em 2008 acontecesse, em terras mineiras, a extração do primeiro azeite genuinamente brasileiro.
Além disso, Maria da Fé está localizada ao sul de Minas, na Serra da Mantiqueira, e é conhecida por ser a cidade mais fria do estado, por conta de sua altitude acima dos 1.200 metros. O número de dias ensolarados e baixas temperaturas no inverno tornam a cidade o lugar ideal para o desenvolvimento de diversas culturas, com destaque para a olivicultura.
O azeite mineiro tem qualidade similar aos melhores azeites do mundo, superando e muito vários azeites espanhóis e portugueses. Em 2021, os produtos foram premiados no Brazil International Olive Oil Competition, concurso que reuniu os produtores da américa do sul, América do Norte e Europa. Entre os premiados estão marcas das cidades de Andrelândia e Baependi, conquistando respectivamente medalhas de ouro e prata.
Como usar?
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Azeite com sorvete de limão siciliano
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Azeite para confits de tomate e beringela
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Para dar um toque especial em diversas receitas e preparos, como para finalizar pães e fazer molhos
Onde experienciar?
Foto: Região Turística Águas
O turista pode visitar as plantações de oliveiras orgânicas e acompanhar desde o plantio da azeitona até o envase final do azeite.
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No Vale do Gamarra, na zona rural de Baependi, você pode provar o sorvete com azeite
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Fazenda Santa Helena, em Maria da Fé
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Fazenda Caminho do Meio, em Aiuruoca
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Fazenda Verde Oliva, em Delfim Moreira
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Olivais Gamarra, em Baependi
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Paraíso Verde, em São Sebastião do Paraíso
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Fazenda Bela Cruz, em Rio Novo
Confira aqui mais receitas com azeites mineiros
Cachaça
Foto: Região Turística Serras Verdes do Sul de Minas
A cachaça tem alma em Minas Gerais! No século XVI, durante o período colonial, a cachaça rapidamente se tornou uma bebida popular entre os escravizados, que descobriram a fermentação e destilação da cana-de-açúcar nas fazendas e engenhos. Em Minas Gerais, o cultivo de cana-de-açúcar encontrou condições ideais, e a produção da cachaça logo se estabeleceu como uma tradição regional importante.
Durante o ciclo do ouro, no século XVIII, a cachaça ganhou ainda mais destaque. Os mineradores e tropeiros, que cruzavam o estado em busca de riquezas, levavam consigo a bebida para celebrar conquistas e aliviar as durezas do trabalho. A cachaça mineira começou a se diferenciar pela qualidade, graças ao cuidado dos produtores em cada etapa do processo de produção. As técnicas de destilação foram refinadas e as receitas familiares foram passadas de geração em geração, resultando em uma bebida de sabor único e artesanal.
Hoje, Minas Gerais é reconhecida como um dos maiores e melhores produtores de cachaça do Brasil. Regiões no norte de Minas, são famosas por suas cachaças de altíssima qualidade, com dezenas de alambiques familiares produzindo lotes limitados e exclusivos. A cidade de Salinas, conhecida como a "Capital Mundial da Cachaça", abriga um museu dedicado à bebida e celebra anualmente o Festival Mundial da Cachaça, atraindo apreciadores de todo o país.
Drinks tradicionais e contemporâneos
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Caipirinha
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Rabo de Galo
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Combinação de cachaça mineira com licor de pequi
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Combinação de cachaça mineira com licor de café
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Combinação de cachaça mineira com licor de araticum
Onde experienciar?
Foto: Região Turística Serras Verdes do Sul de Minas
O turista conta com roteiros diversos para conhecer a produção de cachaça em algumas cidades que são referência nacional da produção e ótimos lugares para visitar!
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Cachaça Gonçalves, em Gonçalves
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Cachaça Beija Flor, em Salinas
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Cachaça Meia Lua, Lua Cheia, Só Luar, em Salinas
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Cachaça Havaninha, em Salinas
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Cachaça Canarinha, em Salinas
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Cachaça Tabúa, em Salinas
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Cachaça Seleta, Boazinha e Saliboa, em Salinas
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Cachaça Sabinosa, em Salinas
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Fazenda Matrona / Cachaça Tábua, em Salinas
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Cachaça Taio, em Taiobeiras
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Cachaçaria Tiê, em Aiuruoca
Saiba mais sobre as Cachaças Mineiras, aqui.
Cerveja e comida de buteco
A história da cerveja em Minas remete a imigração, tradição, à ciência e ao sabor apurado! A produção de cerveja no Brasil tem suas raízes no século XIX com a chegada dos imigrantes europeus, que trouxeram suas técnicas e paixão pela bebida.
A primeira cervejaria mineira foi criada em 1861 pelo alemão Sebastian Kunz, onde hoje é o Bairro São Pedro em Juiz de Fora. “Naquela época, a cervejaria era o ponto de encontro dos imigrantes alemães”, conta o tataraneto de Sebastian, Pedro Peters, que decidiu resgatar as raízes da família e criar, no mesmo local, a Cervejaria Barbante.
O boom da cerveja artesanal em Minas Gerais começou nos anos 2000, com o surgimento de pequenas cervejarias que buscavam oferecer alternativas de alta qualidade às grandes marcas industriais. Desde então as cervejarias foram crescendo, e hoje, com mais de 20 produções registadas, Juiz de Fora é considerada como Polo Cervejeiro de Minas Gerais!
As cidades de Belo Horizonte, Nova Lima e outras da região metropolitana rapidamente se destacaram nesse cenário, com a criação de cervejarias como a Wäls, Backer e Krug Bier, que ganharam reconhecimento nacional e internacional. Estas cervejarias foram pioneiras ao combinar ingredientes locais com técnicas tradicionais de fabricação, resultando em sabores únicos e inovadores.
Foto: Região Turística Caminho Novo / Região Turística Serras Verdes do Sul de Minas
E para acompanhar uma geladinha, nada melhor que comida de buteco. Em Minas, esse é um elemento obrigatório da cultura gastronômica do estado, reflete a hospitalidade, a simplicidade e os sabores autênticos mineiros. Os botecos são lugares tradicionais onde amigos e familiares se reúnem para socializar e saborear pratos que são verdadeiras iguarias regionais, como o torresmo de barriga, o pastel de angú, a linguiça artesanal, feijão tropeiro, fígado com jiló, tutu de feijão, e várias outras delícias bem mineiras.
Na nossa carinhosa Beagá, é conhecida como a Capital Internacional dos Bares e Botecos. Os botecos são parte essencial da vida social em Belo Horizonte. Esses estabelecimentos, geralmente pequenos e simples, são lugares onde as pessoas se reúnem para comer, beber e conversar. A cultura de boteco em BH é tão forte que há 1 boteco para cada 170 habitantes, de acordo com dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL).
Um dos maiores destaques de Belo Horizonte no cenário gastronômico é o Festival Comida di Buteco. Criado em 2000 na cidade, o festival se expandiu para várias outras cidades brasileiras, mas BH continua sendo o coração do evento.
Foto: Região Turística Serras Verdes do Sul de Minas
Pratos tradicionais e contemporâneos
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Torresmo de barriga e torresmo pururucado, com sua releitura foi transformado no picolé mineiro e é estrela de muitos pratos
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Fígado com Jiló
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Feijão Tropeiro
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Pastel de Angu
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Kaol: um prato bem simples criado pelo Café Palhares, em Belo Horizonte, em 1980. Tem couve, torresmo, farofa de feijão, ovo frito e um molho de tomate com um segredo especial. Mas os proprietários não revelam o ingrediente secreto do molho.
Curiosidade: O kaol foi batizado com esse nome pelo compositor Rômulo Paes. O curioso é que esse prato foi preparado para os funcionários que trabalhavam no café. Kaol é uma sigla e quer dizer cachaça (com k mesmo para chamar mais a atenção), arroz, ovo e linguiça. O k é porque naqueles tempos o povo gostava muito de tomar um aperitivo antes do almoço. Diziam que era para abrir o apetite.
Onde experienciar?
Aqui em Minas, você pode conhecer todo o processo de fabricação de cervejas artesanais mineiras além de degustar os produtos, como:
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Cervejaria 3 orelhas, em Gonçalves
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Cervejaria Extremosa, em Extrema
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Acuruí Cervejaria Artesanal, em Itabirito
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Uaimií Cervejaria de Fazenda, em Itabirito
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Furst Bier Cerveja Artesanal, em Formiga
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Moldau Cerveja Artesanal, em São João Nepomuceno
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Cervejaria Antuérpia, em Juiz de Fora
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Cervejaria Golem, em Juiz de Fora
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Cervejaria Barbante, em Juiz de Fora
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Cervejaria Escola Mirante, em Juiz de Fora
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Cerveja do Funil, em Lavras
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Cervejaria Petropólis, em Uberaba
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Cervejaria Loba, em Santana dos Montes
Confira aqui mais curiosidades sobre os polos cervejeiros mineiros.
Já para indicação dos bares e botecos de Belo Horizonte temos uma difícil missão, é impossível citar todos que moram em nosso coração, mas aqui vão algumas dicas:
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Mercadinho do Bicalho, bairro Santa Tereza
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Bola Bar, bairro Padre Eustáquio
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Mercadinho Katanga, bairro Nova Floresta
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Bar da Cida, bairro Floramar
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Bares do Mercado Central
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Restaurante Bar da Esquina, Centro
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Café Palhares, Centro
Plantas e outras curiosidades
Ora-pro-nóbis
Você conhece a ora-pro-nóbis? Ela é uma planta nativa da Mata Atlântica e do Cerrado, conhecida por seu alto valor nutricional. Historicamente, seu nome curioso vem do latim "rogai por nós," uma expressão que era usada por freiras durante a colheita das folhas ao recitar orações. No passado, essa planta era muito consumida por populações rurais devido à sua facilidade de cultivo e ao seu alto teor de proteínas, vitaminas e minerais, ganhando o apelido de "carne dos pobres". Hoje, o ora-pro-nóbis é um ingrediente valorizado na Cozinha Mineira, utilizado em pratos como frango com ora-pro-nóbis e refogados.
Peixe na telha
Embora não seja a primeira referência da cozinha mineira, temos que admitir que o consumo de peixe representa uma tradição latente e culturalmente forte em diversas regiões mineiras. Os modos de pesca, tratamento, temperos diversos e até as formas de se preparar, representam as origens da nossa cozinha, e as influências da gastronomia indígena na nossa cultura alimentar.
A receita de peixe na telha, vem da cidade de Fronteira e é um exemplo clássico das tradições rústicas da nossa gastronomia. O ato de assar no item de barro, proporciona sabor e certamente uma visita ao passado, é a pura cultura que atravessa gerações.
Foto: Região Turística Nascentes das Gerais e Canastra
Onde experienciar?
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Restaurante Ora Pro Nobis, em Araxá
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Restaurante Alambique & Armazém Jotapê, em Sabará
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Restaurante Dona Maria do Pompéu, em Sabará
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Peixe na Telha Restaurante e Choperia, em Patrocínio
E aí, qual o primeiro produto que você vai degustar nesse Inverno em Minas?
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