SETENÁRIO DAS DORES DE NOSSA SENHORA – 2025
Ouro Preto
Sexta, 28 de fevereiro até sexta, 11 de abril de 2025
Basílica Menor De Nossa Senhora Do Pilar - Praça Monsenhor João Castilho Barbosa , Pilar
(31) 3551-4735
https://pilarouropreto.com.br/noticias/setenario-das-dores-de-nossa-senhora-2025/
SOBRE O EVENTO
É uma devoção que se realiza durante sete sextas-feiras, até à véspera do Domingo de Ramos.
A devoção à Coroa das Sete Dores de Maria tem suas raízes na tradição cristã, especialmente entre os servitas, uma ordem religiosa fundada em 1233. Os servitas, também conhecidos como Servos de Maria, promoveram a devoção às dores de Maria como uma forma de meditar sobre o sofrimento que ela experimentou ao longo da vida de Jesus. A prática de rezar a Coroa das Sete Dores foi formalizada no século XIX, quando o Papa Pio VII concedeu indulgências a quem rezasse essa devoção. Como se reza? Depois da proclamação de cada dor se reza um Pai-nosso, seguida de sete Ave-Marias, sendo semelhante à oração do rosário. Há um terço próprio para marcar a oração. O Setenário envolve ritos entoados em latim e cânticos do repertório barroco, compostos nos séculos 18 e 19. Com origem no período colonial, o convite aos fiéis para uma reflexão sobre as Sete Dores de Maria acontece nas sete sextas-feiras que antecedem a Páscoa, marcando toda a Quaresma. Para Augusto de Lima Junior, as invocações e estímulos de compaixão dos sofrimentos de Nossa Senhora, sua angústia aflita de Mãe Augusta, são inspiradas no Eclesiastes, que nos ensina que não devemos esquecer os suspiros e as lágrimas de nossa mãe: gemitus matris tuae ne oblivificaris. Também nas cartas de São Paulo Apóstolo, recolhemos a seguinte admoestação aos cristãos: quem compadecer do que padece, reinará com o mesmo que padecer6. Desta forma, a imagem de Nossa Senhora trespassada por sete espadas relembra aos cristãos as setes aflições da Santa Mãe, a saber: - A Profecia de Simeão: Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma Lucas 2,34-35. - A Fuga para o Egito: o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta, toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica lá até que te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. Levantando-se, José tomou o menino e a mãe, e partiu para o Egito Mt 2,13-14. - Maria procura Jesus em Jerusalém: Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que os pais o percebessem. Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voltaram a Jerusalém à procura dele Lc 2,43b-45. - No caminho do Calvário: Ao conduzir Jesus, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que vinha do campo, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam Lc 23,26-27. Ao pé da Santa Cruz: junto à cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Vendo a Mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse Jesus para a mãe: Mulher, eis aí o teu filho! Depois disse para o discípulo: Eis aí a tua Mãe! Jo 19,15-27a. - Dor de Maria - Maria recebe Jesus descido da Cruz: chegada a tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de Pilatos e pediu o corpo de Jesus. Pilatos, então, deu o cadáver a José, que retirou o corpo da cruz Mc 15,42. - Dor de Maria - Maria deposita Jesus no Sepulcro: os discípulos tiraram o corpo de Jesus e envolveram em faixas de linho com aromas, conforme é o costume de sepultar dos judeus. Havia perto do local, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepulcro novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi ali que puseram Jesus Jo 19,40-42a.