Serra do Padre Angelo

A Serra do Padre Ângelo tem sua primeira referência histórica em 1693, através dos relatos do bandeirante Antônio Rodrigues Arzão, com o nome sendo atribuído ao padre Ângelo Pessanha em 1698. A região é conhecida por suas batalhas históricas entre os índios Goytacazes, liderados por Padre Ângelo, e os Botocudos e Pocranes, na área entre o Rio Manhuaçu e o Rio Cuieté. Este local é de extrema importância para o bioma da Mata Atlântica, sendo considerado pelo Conselho Nacional de Pesquisa Florestais como o extremo norte da mata de Araucárias no Brasil. É também um Patrimônio Biológico, visitado por biólogos e especialistas de todo o mundo devido à sua rica diversidade de espécies endêmicas de orquídeas e bromélias. Com uma altitude média de 1.000 metros e um ponto mais elevado de quase 1.700 metros, a Serra oferece paisagens deslumbrantes e vistas para as três principais bacias hidrográficas de Conselheiro Pena: Rio Manhuaçu, Rio Cuieté (Rio Caratinga) e Rio Doce. A Serra do Padre Ângelo é habitada por pequenos produtores rurais que encontram no turismo cultural uma fonte alternativa de renda, produzindo café de alta qualidade, hortifrúti, mel, leite e artesanato. O local é ideal para atividades ao ar livre, como caminhadas, escaladas, rapel, mountain bike, voo de parapente, cavalgadas, observação de pássaros e estrelas, banhos de cachoeira, exploração de grutas, e para socializar com os residentes locais. Desde a década de 70, o visionário Padre Martinho tem promovido a conscientização e a preservação deste monumento natural. Atualmente, a região recebe turistas internacionais, com guias locais conhecidos como "Padre Ângelo Guide Team" que educam os visitantes sobre a importância da conservação. Além disso, a Serra do Padre Ângelo abriga a Unidade Municipal de Conservação da Serra do Padre Ângelo e o Festival do Mel de Conselheiro Pena, promovendo ainda mais o turismo e a cultura local.