Parada Nadyr

A parada foi construída pela Estrada de Ferro Leopoldina em terras pertencentes aos saudosos Francisco de Paula Ribeiro, casado com Adelaide Loures Ribeiro, proprietários do Sítio da Barra, nome que se mantém até hoje numa localidade da Colônia de Santa Maria (um dos primeiros assentamentos de terras do Brasil) no início do século XX. Transportava passageiros e cargas da produção agrícola local. Parava para abastecer numa caixa dágua suspensa (desativada e existente até os dias de hoje) com capacidade para 28 mil litros. Havia uma mina que abastecia a caixa. O nome da estação é em homenagem a neta do proprietário, Nadyr, que faleceu ainda jovem. Existe uma passagem interessante que nos foi narrada pelo saudoso João Lippi (filho de imigrante italiano) quando de uma de nossas visitas àquele local. Disse ele, olhando saudosista a linha do trem, da velha plataforma de embarque: - Pois é meu filho, aqui, eu e minha esposa Cléria, vestidos de noivos, com nossos convidados, embarcamos com destino a cidade de Astolfo Dutra para cerimônia de nosso casamento e aqui mesmo desembarcamos de volta. A ESTAÇÃO: A Parada Nadyr foi inaugurada, segundo os moradores locais, em 1909. Ficava nas terras da Colônia Santa Maria. O objetivo dela era escoar a produção dos imigrantes da Colônia. Ficou por muito tempo esquecida, devido à sua localização. (Fonte: Ricardo Quinteiro de Mattos; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-1980) Distante aproximadamente três km do Distrito de Sobral Pinto, a Parada merece importância na preservação da memória histórica deste bem que foi construído em decorrência da linha férrea inaugurada no trecho em 1879 quando da inauguração da histórica estação de Sobral Pinto, na ocasião, ainda de madeira. A Parada Nadyr faz parte da lista de dezenas de bens inventariados no processo da Educação Patrimonial.