Caboclinhos
Segundo o folclore, Caboclinho do Mato ou Capitão do Mato é o nome dos Caiporas que moram nas florestas. Os caboclinhos do mato protegem as matas de caçadores ou qualquer outra pessoa que queira fazer mal a floresta, porém eles ensinam os segredos da mata para as pessoas que protegem a natureza. Com suas travessuras os Caboclinhos afugentam os invasores ou faz com que se percam na mata. Segundo fontes orais o grupo surgiu aproximadamente no ano de 1945, primeiramente comandado pelo Sr. Sebastião Trindade, posteriormente pelo Zé da Viana. A família Viana continua firme em seu propósito de manter viva essa manifestação folclórica, atualmente Ildeu Viana está a frente do grupo. A dança é apresentada por um grupo de crianças representando os índios. Segundo o livro Memórias, de Maria Norma Lopes de Macedo, outrora se vestiam com folha de coqueiro e se mascaravam. Chegavam de surpresa no momento do mastro, dançavam e se comunicavam num dialeto indígena, depois desapareciam evitando reconhecimento. Com o grupo de índios dançavam ainda o Cacicão, o Papai-vovô e a Mamãe-vovó. Hoje o grupo é um pouco diferente. Os integrantes vestem saiotes vermelhos enfeitados com penas coloridas, a Arapuca que antes era feita com Cipó São João, hoje é feita com mangueiras enfeitadas. Entretanto ainda são mantidos traços principais. No final de cada apresentação quando fazem sua “trança de cipó” (Arapuca) erguendo no alto o Caciquinho, os caboclinhos saem as ruas pedindo “patacas” (dinheiro). Os componentes são crianças de 7 a 12 anos, o dirigente, o seu ajudante e o violeiro. A dança é sempre aos pares; Os dois últimos caboclinhos de cada fila são o Trinado e o Ziaque, eles são chamados pelo dirigente na hora de iniciarem a evolução. O chefe dança e grita: Catacumba! Os caboclinhos ao dançar vão fazendo a trança de cipó, pegam o caciquinho colocam sobre a arapuca (trança de cipó) e, jogando-o para cima, cantam. Desmancham a arapuca sempre cantando e dançando, o dirigente chama o Trinado e o Ziaque, um passa por dentro, outro por fora, enquanto os guizos (são amarrados na perna direita) fazem barulho. Cada caboclinho tem o seu arco e flecha e o seu bodoque. A sua apresentação principal é na Festa do Divino, porém apresentam-se durante outras festividades.
-
Localização
Urbana
Rua Horacio Antunes, 153 - Rosario
CEP 39.660-000 - Turmalina - MG
-
Pontos de Referência
A partir da igreja Matriz, à direita entrar na rua Capelinha, subir a rua do Rosário até a rua Horácio Antunes a esquerda.
-
Horário de Funcionamento
-
Tipo de Visita
Não guiada;Auto-guiada;
-
Entrada
Franca
-
Atividades Realizadas
manifestação cultural de danças e brincadeiras folclóricas seguindo a tradição do município.
-
Acessibilidade