Fazenda da Boa Esperança
A fazenda foi adquirida pelo Barão do Paraopeba, Sr. Romualdo José Monteiro de Barros e por sua espoa, Francisca Constância Leocádia da Fonseca, Baronesa do Paraopeba, no final do século XVIII. O Barão, ao adquirir o imóvel, realizou algumas intervenções para melhor atende-lo e atender as demandas de produção da fazenda. A Fazenda se tornou um grande centro comercial com exportação de diversos produtos, muitos deles alimentícios, que abasteciam inclusive a Capital da Província, Ouro Preto. Construída sobre fundação de pedras, a fazenda possui estrutura em madeira e vedações em pau a pique, que nos remete ao modelo ibérico rural da época colonial. Internamente, a sede possui vários cômodos com tabuado largo e forro em madeira e também forro em palha trançada. A Ermida, contrastando com a singeleza construtiva do ambiente familiar, ostenta retábulo com rico trabalho em talha dourada, em estilo Rococó, com altar dedicado ao Senhor dos Passos. Os trabalhos dos retábulos são atribuídos a Francisco Vieira Servas, grande escultor da época. A Ermida também possui pinturas parietais e no forro, pinturas estas atribuídas a João Nepomuceno, artista de relevo na história da arte mineira. A Fazenda Boa Esperança foi palco de grandes eventos e negociações e recebeu visitas ilustres, a exemplo de Dom Pedro II em suas visitas oficiais a Minas Gerais. O Barão do Paraopeba, além de um grande empresário do ramo alimentício, foi também um grande empresário do ramo minerário, onde foi proprietário de rica lavra de ouro onde fundou nos arredores de Congonhas do Campo, em sociedade com seus irmãos, Lucas Antônio Monteiro de Barros, o Barão e Visconde de Congonhas do Campo, e Coronel José Joaquim Monteiro de Barros, e também com o Barão de Eschewege, a primeira fábrica de fundição de ferro estabelecida na província denominada "Fábrica Patriótica". O Barão do Paraopeba, foi também um grande político, ocupando vários cargos dentro do Governo da época, sendo ele membro do Segundo Governo Provisório de Minas, em 1823; fez parte do Conselho do Governo de 1825 a 1829 e de 1830 a 1833; foi também Vice-Presidente da Província, com exercício a 10 de junho de 1850; presidiu a Província de Minas Gerais de 10 de junho a 17 de julho de 1850. Romualdo José Monteiro de Barros, faleceu em 16 de dezembro de 1855 e foi sepultado sem pompas, conforme prescreve o seu testamento, na Matriz de Congonhas do Campo. No ano de 1970, foi adquirida pelo Governo do Estado de Minas Gerais e incorporada ao Patrimônio do IEPHA/MG, por determinação da Lei nº 6.485 de 25 de novembro de 1974. Possui Tombamento Estadual dado pelo Decreto Nº 17.009 de 27/02/1975, inscrito no Livro do Tombo I Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico/ Livro do Tombo II- Belas Artes e III – Histórico, das obras de Arte Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos. Tombamento Federal dado pelo Número do Processo: 569-T-, folha Nº 84 de 27/08/1959.
Local fechado.
Motivo: Outros
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Localização
Rural
Boa Esperança , s/n, Estrada da Boa Esperança - Zona Rural
CEP 35.473-000 - Belo Vale - MG
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Pontos de Referência
Partindo do centro de Belo vale, seguir orientações das placas indicativas, a fazenda está situada há 4 km do centro de Belo Vale.
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Horário de Funcionamento
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Observação sobre funcionamento
A Fazenda Boa Esperança encontra-se fechada, devido às restrições estabelecidas para reduzir o risco de contaminação, pelo covid-19.
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Tipo de Visita
Auto-guiada;Guiada;
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Entrada
Franca
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Atividades Realizadas
Visitações turísticas e culturais.
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Acessibilidade